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O Instituto Joãosinho Trinta foi criado visando desenvolver projetos de cunho sócio-cultural, gerando, também, emprego e renda.

O setor cultural sempre interessou ao empresário Ricardo Marques, Presidente da instituição, que, após positiva atuação à frente da pasta da Secretaria de Cultura do DF, em 2006, idealizou o Instituto, em parceria com Joãosinho Trinta.

Dentre tantos projetos, uma das principais pérolas é o de promover, juntamente, com Oscar Niemeyer e a Beija-Flor de Nilópolis, escola que consagrou Joãosinho Trinta, o enredo sobre a fundação de Brasília em seu Cinqüentenário. Um projeto único e uma homenagem merecida a esta que é a cidade de luz, sonhada por Juscelino Kubitschek e vislumbrada por Dom Bosco. Cidade que se fez moldada por mãos de grandes homens como Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Bernardo Sayão, Darci Ribeiro, Anísio Teixeira e tantos outros que fizeram nascer Brasília - capital da esperança.

Cidade que contou com homens e mulheres corajosos que deixaram tudo para trás para virem habitar numa terra desconhecida, de solo argiloso, mas de um céu único. Essas pessoas não podem ser esquecidas, ainda que seus nomes não sejam lembrados por muitos! Brasília foi construída por mãos de um povo que acreditava, que ignoravam o barro vermelho para verem construído um monumento, que hoje é considerado Patrimônio Histórico da Humanidade.

Este projeto é para homenagear todos esses homens e para dar esperança de que quando se acredita, tudo se torna possível.

Com um espírito incansável, Ricardo Marques tem se proposto a grandes projetos valorizando a arte, a cultura, promovendo educação e informação. E nada melhor que contar com a colaboração de um dos maiores artistas que o Brasil pôde produzir, Joãosinho Trinta, que abraçou esta cidade e pretende, aqui, formatar "a terceira e melhor fase de sua vida".

Simone Santos.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Joãosinho Trinta é homenageado na Marquês de Sapucaí


Caras
26/02/2009 - 09h13
Joãosinho Trinta: 'Sou um homem de sorte'
Edson Teófilo/AgNews
Joãosinho Trinta percorre a Marquês de Sapucaí na cadeira de rodas, no domingo de carnaval
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por Gabriel Perline

Criativo e destemido. Vítima de dois acidentes vasculares cerebrais (em 1996 e em 2004), o que lhe inibiu parte dos movimentos do corpo, o carnavalesco deixou de trabalhar com as grandes escolas de samba cariocas que o consagraram no passado e tem se dedicado à sua recuperação e a novos projetos em sua nova residência, localizada em Brasília (DF). Apesar do drama pessoal, o sambista não se deixou abalar e segue trabalhando duramente para expandir a cultura da festa do momo. Após lançar o livro O Brasil é um luxo - Trinta carnavais de Joãosinho Trinta, o novo projeto do carnavalesco é formar uma escola de samba itinerante, inspirado no Cirque du Soleil, e levar a festividade nacional para os quatro cantos do mundo. Aos 75 anos, ele falou ao Portal CARAS:

- Você lançou recentemente o livro no qual fala sobre sua história com o carnaval. Como surgiu a ideia?
- Muita gente me dizia que eu deveria lançar um livro. Decidi colocar o projeto em prática e tive a ajuda do amigo Flávio Gomes, quem de fato fez o livro, no qual relato os 30 carnavais que participei, todos com fotos e depoimentos excelentes.
- Por muitos anos você se dedicou às escolas de samba e hoje está afastado delas. Continua trabalhando com carnaval?
- Estou morando em Brasília porque sou cidadão honorário e tenho meus projetos com o ex-secretario de cultura Ricardo Marques, que é a formação de uma escola de samba itinerante, no mesmo molde do Cirque du Soleil, cujo objetivo é percorrer o mundo, com temas que afetam a humanidade, como o meio ambiente, a fome e a violência, sempre levando uma mensagem de alegria e esperança.
- Brasília não tem o hábito de promover grandes eventos carnavalescos como os que você está acostumado. Por que escolheu este local e como tem sido sua adaptação?
- Decidi morar definitivamente nesta cidade por dois motivos específicos: reabilitar-me de um acidente vascular e por ter sido acolhido pelo Ricardo. Há dois anos moro em sua casa, o que me fez me adaptar, primeiro pelo carinho recebido e depois porque com ele voltei a atuar em projetos sociais e culturais, ligados ao desenvolvimento criativo. Brasília é uma cidade que amo e quero contribuir nesta que chamo de 'a terceira e melhor fase de minha vida'. Estou preparando a capacitação e qualificação das escolas de samba daqui e acredito que em pouco tempo teremos um dos melhores carnavais do país.
- Você assiste aos desfiles de São Paulo e Rio de Janeiro pela televisão?
- Só não assisto quando estou participando, como neste ano, no qual estarei atento e visitando todas as escolas [Joãosinho percorreu na cadeira de rodas a Marquês de Sapucaí no intervalo de um desfile]. Mas quando não estou no Sambódromo, sem dúvida, fico à frente da TV, até para observar como é mostrado o desfile.
- Em sua opinião, o que difere o carnaval paulista do carioca?
- A diferença é o 'jeitinho carioca', sua ginga, seu requebrado, sua tradição na avenida. O carnaval de São Paulo surpreende a cada ano com técnica e criatividade.
- Qual o melhor carnaval de sua vida?
- Todos os carnavais que fiz foram especiais para mim, até porque sempre dei o melhor de mim, mas considero que aqueles que levaram o público à reflexão e, de certa forma, dividiu opiniões e contribuiu com quebras de paradigmas, o que me deu muito prazer, como os carnavais que realizei na Beija-Flor, Grande Rio, Viradouro e no Salgueiro.
- E o mais difícil?
- O último é sempre o mais difícil.
- Em 2006 você foi vítima de dois acidentes vasculares cerebrais consecutivos e, mesmo estando em uma cadeira de rodas, continua com uma energia muito boa. De onde vem toda essa força?
- Um único nome sobre todos os nomes: Jesus Cristo
- Você é o maior carnavalesco do Brasil, fez trabalhos grandiosos e foi muito aclamado. Atualmente, você se sente abandonado?
- Ao contrário, estou na minha melhor fase e com alguém que chamo de 'guru'. Trata-se de um jovem empresário, inteligente e determinado, que criou o Instituto Joãosinho Trinta e criou projetos inovadores, surpreendentes. É verdade que o Ricardo Marques me resgatou, me fez conhecer a gestão de negócios, o mundo empresarial, algo que todo artista deveria se preocupar, ou se ocupar. Considero-me, por isso, um homem de sorte. Outra questão é que a dificuldade me aproximou de Deus, um Deus que reverencio a cada dia. Sou cristão, seguindo dia a dia sua doutrina de amor, portanto, estou mais seguro e confiante do que nunca. Sinto-me um jovem iniciante.
- Guarda alguma mágoa? Decepcionou-se com alguém?
- Não guardo mágoa ou frustração, não penso no passado, tampouco sou saudosista ou me circundo e me alucino no sucesso por mim alcançado anteriormente. Penso no presente, na renovação, na alegria da vida, nos projetos que estou tocando. Ainda tenho muito a fazer. Todos temos que viver um dia de cada vez com amor, como se fosse o último. Sou um homem muito feliz por tudo o que vivi, por tudo o que tenho a oportunidade de viver e por tudo o que Deus tem preparado para mim.
- Quem foi sua maior musa de carnaval?
- Pinah, a princesa negra.
- E das rainhas de bateria atuais, qual delas você admira?
- Todas são deslumbrantes, mas a Luiza Brunet tem a beleza, o charme e a experiência das grandes musas.

Carnaval em Cavalcante - GO


O GLOBO
16/02/2009 - 21h17 - Atualizado em 17/02/2009 - 12h42
Joãosinho Trinta ajuda cidade de Goiás com 10 mil habitantes a fazer carnaval
Carnavalesco havia ido a Cavalcante a passeio e ajudou a montar a festa.Ele convidou descendentes de escravos para apresentar dança típica.
No interior de Goiás, um dos carnavalescos mais geniais do século 20 –Joãosinho Trinta- deixou sua marca em uma cidade de 10 mil habitantes.
Veja o site do Jornal Nacional
O carnavalesco havia ido a Cavalcante a passeio. Ele foi recebido como rei pelos moradores e se ofereceu para organizar o carnaval da cidade –que, até então, tinha como tradições a música caipira e a folia de reis. Tudo de graça. Ainda se recuperando dos derrames que sofreu, Joãosinho desenhou as fantasias e orientou as costureiras. Ele também ajudou a improvisar barracões nos galpões das fazendas. Na principal rua da cidade, organizou a bateria e cinco blocos carnavalescos. Joãosinho também convidou descendentes de escravos para apresentar a sussa, dança típica quilombola. Marta Kalunga, mestra em equilíbrio, acostumada às coreografias, viveu uma sensação inteiramente nova. “Eu nunca dancei um carnaval na vida!”, disse. Nicanor se empolgou tanto que deixou a porta-bandeira sem bandeira. “Carnaval ‘tá’ muito bom!”, comemorou. O ensaio do carnaval de Cavalcante foi uma noite de mesuras mútuas, de misturas improváveis e de pelo menos uma suspeita: talvez o que Joãosinho tenha levado para a cidade já estivesse lá há muito tempo. “Tem sempre, no fundo, uma raiz de carnaval. Porque carnaval é uma festa brasileira”, conta o carnavalesco.